
Hoje eu tenho muito o que fazer. Não sei por onde começar. Na verdade, comecei muitas coisas e não concluí nenhuma; é só olhar minha mesa de trabalho: livros que não guardei, a máquina fotográfica fora do estojo, o calendário ainda com a página do mês passado, um charuto pela metade (viva la revolución!) , uns restos de chocolate, selos comprados para cartões-postais ainda não escritos...
E, nesta semana, ainda tenho prova de grego; a capa amarela do dicionário me alertando aqui do lado (tenho a impressão de que ela logo se tornará vermelha, como um semáforo...). Até agora, todos os mitos gregos que li terminaram em tragédia. Espero que minha nota final seja menos trágica. Para treinar, ali me esperando, o texto que ainda não terminei de traduzir. Por enquanto, só consegui decifrar o título fatídico: "Pode alguém escapar de seu destino?". Pode? Posso tentar, mas, nesse ritmo de meias-coisas, chego apenas até a metade do caminho. Aí a Esfinge me devora.