O que ainda me surpreende aqui na Alemanha é que a natureza parece ter muito mais "pressa" do que no Brasil. Como o inverno é longo e rigoroso, a chegada da primavera se dá como num passe de mágica: mal a neve some e as flores já "explodem" em cores e formas. Na ilha de Mainau, que visitei recentemente, também é assim. De carro, a viagem a partir de Nürnberg dura quatro horas.
Situada no lago Bodensee, fronteira entre Alemanha, Suíça e Áustria, Mainau é conhecida como "Ilha das Flores" e tem um pouco mais de um quilômetro de comprimento. Como pude conferir, ela faz jus ao apelido: tendo os Alpes como pano de fundo, nesta época florescem por lá 15 mil tulipas e, com a chegada do verão, é a vez das 30 mil roseiras e outro sem-número de flores e plantas exóticas, de todas as partes do mundo. Para isso, além dos jardins e parques ao ar livre, há estufas gigantescas. Numa delas, inclusive, mais de mil borboletas passeiam sobre os turistas.
A ilha é propriedade particular de uma família nobre sueca. A entrada custa cerca de quinze Euros (pouco mais de trinta Reais); há também espaços culturais e gastronômicos. Anualmente, Mainau recebe dois milhões de visitantes. Certamente, cada um deles volta de lá como eu, espantado diante de tanto capricho, tanto por parte da natureza, quanto por parte de quem organiza aquilo tudo. Mainau é um desses lugares em que a câmera fotográfica é imprescindível. Senão, como comprovar aos mais céticos que a gente já pisou no paraíso?
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